"O consumo moderado de maconha não provoca nenhum dano sério à saúde"

"Nunca, em 5000 anos de história, foi relatado um caso sequer de morte provocado pelo consumo de cannabis"






Absurdo juridico

A imposição de sanção penal ao possuidor de droga para uso próprio conflita com o Estado Constitucional e Democrático de Direito (que não aceita a punição de ninguém por perigo abstrato e tampouco por fato que não afeta terceiras pessoas).

Vejamos: por força do princípio da ofensividade não existe crime (ou melhor: não pode existir crime) sem ofensa ao bem jurídico.
(cf. GOMES, L.F. e GARCIA-PABLOS DE MOLINA, A.Direito


legalize canabis sativa
medicinal e recreativa

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Maconha é Classe Três na Europa!

A partir da segunda metade do século passado, o rápido avanço tecnológico permitiu que o homem se tornasse capaz de dominar e conhecer determinados aspectos do mundo natural. Isto, por sua vez, permitiu a possibilidade de uma expectativa de vida cada vez maior devido a uma medicina cada vez mais eficaz. Porém, nem sempre a ciência e o conhecimento nos fazem mais inteligentes ou coerentes. A maconha é uma prova disso. Esta planta de uso milenar era largamente usada por várias populações do mundo, das mais variadas formas, sendo muito importante inclusive na economia de várias dessas populações. Quando se deu a proibição da maconha, um dos argumentos mais usados era o prejuízo a saúde devido aos efeitos de seus componentes psicotrópicos.

Naquela época, o então desenvolvimento da ciência permitia ao homem ter um conhecimento muito limitado sobre os efeitos da maconha em nosso organismo. A proibição, por outro lado, aguçou a curiosidade e tornou a maconha uma das plantas mais famosas, mais usadas e está se tornando também uma das mais estudadas no mundo. Esta intensificação dos estudos permitiu o desvendamento de parte do funcionamento dos canabinóides no organismo.

Apesar de não muito bem elucidado ainda, sabe-se que o sistema endocanabinóide tem relação com diversas funções como: analgesia, memória, cognição, atividades locomotoras, broncodilatação, regulação intestinal, pressão intraocular, inflamações e controle imune. Se torna então essencial o aumento de estudos para desvendar como os canabinóides influenciam cada uma dessa atividades. É natural então que a repressão diminua um pouco, já que os benefícios podem ser grandes, além da queda de um dos argumentos mais fortes a favor da proibição, a saúde pública. Além de até hoje não haver nenhum relato de morte a partir de maconha, sabe-se que a droga não é capaz de causar overdose, e que a quantidade de droga necessária para se matar um rato com aplicação intravenosa é milhares de vezes maior do que componentes de um cigarro normal.

Recentemente, a maconha passou a ser usada novamente em tratamentos de doenças, dessa vez pela medicina moderna, com a legalização dos produtos da maconha utilizados para estes tratamentos. E se vocês pensam que a maconha só é usada pela medicina na forma de remédios convencionais, com o princípio ativo isolado dos outros componentes da planta, estão enganados. Muitos pacientes com esclerose múltipla são medicados da mesma forma que nós, fumando a erva, pois os efeitos da maconha aliviam a dor e os espasmos musculares. A administração oral não é tão eficiente pois os efeitos são demorados e menores. Foi descoberto ainda que o sistema canabinóide pode ter um papel importante na anestesia da medula espinhal, pois se utilizado junto com opióides que são normalmente utilizados para este tipo de anestesia têm um efeito sinérgico, o que diminui a quantidade necessária de cada uma das drogas para se obter os mesmos resultados, além de o risco ser bem menor, devido a menor quantidade de droga utilizada.

Devido a isso, a maconha passou a ser considerada, no Estados unidos uma droga da classe 2, que têm um potencial medicinal mas com alto risco de causar dependência e na Europa uma droga da classe 3, com alto uso terapêutico e com baixo risco de dependência.
por Dr. Moura Verdini/Hempadao

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