"O consumo moderado de maconha não provoca nenhum dano sério à saúde"

"Nunca, em 5000 anos de história, foi relatado um caso sequer de morte provocado pelo consumo de cannabis"






Absurdo juridico

A imposição de sanção penal ao possuidor de droga para uso próprio conflita com o Estado Constitucional e Democrático de Direito (que não aceita a punição de ninguém por perigo abstrato e tampouco por fato que não afeta terceiras pessoas).

Vejamos: por força do princípio da ofensividade não existe crime (ou melhor: não pode existir crime) sem ofensa ao bem jurídico.
(cf. GOMES, L.F. e GARCIA-PABLOS DE MOLINA, A.Direito


legalize canabis sativa
medicinal e recreativa

sábado, 12 de setembro de 2009

Marijuana em intervenção urbana

Vejamos a iniciativa deste nobre representante da cultura canábica na cidade de Porto Alegre. Aproveitando a onda maciça de pânico moral sobre usos abusivos de Crack, que normalmente surgem em notícias escandalosas e pouco informativas, este cidadão pegou um “slogan” conhecido na internet que trata exatamente da necessidade de diferençarmos as drogas ilícitas.

Marijuana! (Hey, pelo menos não é crack!)

http://www.youtube.com/watch?v=ynRV-8C9o1c


A intervenção urbana, que trata da diferenciação entre drogas ilícitas, está chamando atenção de muita gente nos bairros Centro e Cidade Baixa, em Porto Alegre. Algumas pessoas, principalmente aquelas que preferem fugir do “mundo das drogas” como o diabo da cruz, interpretam como uma piada de mau gosto. Outras pessoas, principalmente aquelas que conhecem o universo de usos de drogas ilícitas (seja o de crack ou maconha), pegam o recado com maior facilidade. Na descrição do making-off onde mostra sua intervenção, postada no site Youtube, o autor da peça associa o cartaz que produziu às idéias da política de Redução de Danos.



De fato, não somente os padrões de uso de maconha são com maior frequência considerados como usos controlados e recreativos, dentro do universo de usuári@s, como também muitas pessoas que usam as duas drogas (crack e maconha) passam com eficácia por uma terapia de substituição. Para estas pessoas em especial, que já usam estas duas drogas e querem repensar o uso de crack, mesmo com uma terapia medicamentosa para o combate à “fissura”, em momentos de maior dificuldade a opção pela maconha ajuda a quebrar a “fissura” pelo crack, prevenindo as recaídas. Alguns dos efeitos associados à maconha contrapõem aqueles efeitos negativos do abuso de crack, como a falta de fome e sono. E o que é melhor: quando a pessoa quiser parar de fumar a maconha e ficar “limpa” de um modo geral, não haverão crises de abstinência (como ocorre com álcool, tabaco e o próprio crack). Obviamente, devido à ilegalidade da droga (e por isso, à sua má qualidade), o Ministério da Saúde não recomenda - mas diante dos inúmeros casos de uso problemático de Crack, esta receita faz parte do repertório de muitos trabalhadores da Saúde que lidam com a questão – não só redutores de danos, mas psicólogos e psiquiatras pelo Brasil afora.

Ponto positivo para a intervenção, que ao menos serve como saudável contraponto às campanhas midiáticas antidrogas, que hoje em dia (e principalmente no Sul do país), mais atrapalham do que ajudam a construir uma sociedade acolhedora sobre o fenômeno complexo que são os usos de drogas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário