"O consumo moderado de maconha não provoca nenhum dano sério à saúde"

"Nunca, em 5000 anos de história, foi relatado um caso sequer de morte provocado pelo consumo de cannabis"






Absurdo juridico

A imposição de sanção penal ao possuidor de droga para uso próprio conflita com o Estado Constitucional e Democrático de Direito (que não aceita a punição de ninguém por perigo abstrato e tampouco por fato que não afeta terceiras pessoas).

Vejamos: por força do princípio da ofensividade não existe crime (ou melhor: não pode existir crime) sem ofensa ao bem jurídico.
(cf. GOMES, L.F. e GARCIA-PABLOS DE MOLINA, A.Direito


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medicinal e recreativa

segunda-feira, 5 de abril de 2010

A Pascoa sangrenta : Genocidio e sacrifício

Trecho extraído de artigo publicado no DAR

...A Páscoa é a celebração mais importante da tradição judaica e cristã. Diferente do Natal que separa o cristianismo do judaísmo, a Páscoa parece ser, hoje em dia, um momento de se referir ao suposto fio de continuidade que une essa comemoração nas duas religiões.

No entanto, a páscoa é exatamente o momento da ruptura dessas duas tradições. Costuma-se falar do amor nessa ocasião. Do amor de deus que se sacrifica pelas suas pobres criaturas pecadoras.

Mas, ao invés de amor, se olharmos o significado real da origem dessa tradição, que a maior parte parece esquecer, o que veremos é ódio e crueldade na sua forma mais intensa.

A páscoa judaica celebra a passagem (Pessach), mas a qual passagem está se referindo? Muitos pensam na passagem do mar Vermelho durante a fuga do Egito. Na verdade, a passagem em questão é a do anjo da morte, o anjo exterminador que na décima praga que Javé enviou contra os egípcios vai dessa vez exterminar todos os primogênitos desse país, inclusive os dos animais dos rebanhos.

Os judeus ao sacrificarem um cordeiro cujo sangue foi espalhado com ramos de hissopo nos umbrais das portas, foram poupados, e foi instituída a celebração desse dia com o sacrifício de um cordeiro pascal, de menos de um ano, sem qualquer defeito e cujos ossos não podem ser quebrados, juntamente com ervas amargas, pão ázimo e vinho.

O que pode ser dito de um deus que age dessa forma?

Sendo todo-poderoso ele poderia fazer qualquer coisa: matar o faraó, toda a família do faraó ou, melhor ainda, entrar na cabeça do faraó e demovê-lo da decisão de manter os judeus escravizados, mas não, ele faz questão de matar em massa, ou seja, chacinar. Ele faz questão de agir pelo método do terror, assim, ao invés de mudar a mente do faraó, ele vai justamente endurecê-la, para que ele não mude e, assim, deus possa fazer e exibir o seu prodígio em toda a sua glória: exterminar milhões de inocentes num verdadeiro genocídio.

Javé é um deus genocida, que destrói povos inteiros, homens, mulheres e crianças (e até os rebanhos) para demonstrar a sua escolha de um só povo dentre os milhares da terra ao qual estará permitido toda atrocidade para tomar posse da “terra prometida”, expulsando ou exterminando os seus habitantes.*1

Do Dilúvio às pragas do Egito é sempre um método de destruição e terror, em que se arrasam cidades como quem pisa em formigueiros.

No caso do cristianismo, o sacrifício pascal deixa de ser um cordeiro que simboliza a morte dos primogênitos do Egito e passa a ser o do próprio filho de deus.

Tal sacrifício cristão do próprio suposto filho de deus parece ser apenas uma versão cósmica do sacrifício do próprio filho (ensaiado com Abraão e Isaac) levada até o seu término. Um verdadeiro Édipo original, que antes de ser o assassinato do pai e o casamento com a mãe, é o frustrado plano paterno do filicídio.

Esse filho a ser imolado é a própria criatura desse criador imperfeito representando a humanidade inteira feita por ele como um joguete que, quando não funciona bem é exterminada por dilúvios, pragas e cataclismas (como em Sodoma e Gomorra).

Estas narrativas que parecem efetivamente um delírio paranóico governam uma cosmovisão ocidental belicosa que, por meio das distintas transformações dos monoteísmos (judaico, cristão e islâmico), partilham da noção básica de um deus cruel, vingador da sua própria imperfeição, punindo e culpando a criatura que ele próprio deformadamente criou.

Questionar esses relatos e a própria existência do deus monoteísta, assim como tantos outros deuses, foi considerado, no entanto, em quase todos os momentos das sociedades governadas pelas religiões monoteístas, o pior dos crimes...

*1- Como fazem até hoje com os palestinos, com apoio dos cristãos
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